Uma criança morta: o insuportável estranho de nós mesmos | Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som - Policromias, v. 6, n. 1, 2021 | 2021 - Brapci
Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som - Policromias, v. 6, n. 1, 2021

Uma criança morta: o insuportável estranho de nós mesmos

Juliana Bartijotto
Leda Verdiani Tfouni
Resumo: A foto de Aylan Kurdi afogado em uma praia da Turquia após naufrágio enquanto tentava buscar refúgio, assombrou e horrorizou o mundo dando início à procura de sentido por algo que, até então, estava recalcado no inconsciente coletivo. Essa foto escancarou algo desconhecido que evitávamos encarar por retratar uma realidade que evoca algo assustador de nós mesmos que nos olha de fora, denominado pela psicanálise de Unheimlich. Neste artigo, procuramos entender a foto e suas reverberações midiáticas. Analisamos a foto como um acontecimento discursivo que atualizou uma memória do que é ser criança e do tempo de infância, e ao mesmo tempo efetuou uma ressignificação do que é ser refugiado na atualidade. A partir do efeito de exclusão do funcionamento capitalista, detectamos uma tentativa de reversão: incluir os excluídos. Porém, o excluído (socialmente) é sempre susceptível de tornar-se Unheimlich, e aparece sob as mais diferentes representações, indiciando a desigualdade entre classes.
Palavras-chave: Aylan kurdi Unheimlich Discurso dominante Refugiado
Keywords:
Palabras clave: Foto
Mots clés:

BARTIJOTTO, J.; TFOUNI, L. V. Uma criança morta: o insuportável estranho de nós mesmos. Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som - Policromias, v. 6, n. 1, 2021.
BARTIJOTTO JB; TFOUNI LVT. Uma criança morta: o insuportável estranho de nós mesmos. Revista de estudos do discurso, imagem e som - policromias. 2021;6(1).
BARTIJOTTO, J., & TFOUNI, L. V. (2021). Uma criança morta: o insuportável estranho de nós mesmos. Revista de estudos do discurso, imagem e som - policromias; 6(1).
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