O lugar da desinformação na cognição social ou como lidar com propriedades da cognição que abrem espaço para a falseabilidade | Logeion: filosofia da informação, v. 9, n. , 2022 | 2022 - Brapci
Logeion: filosofia da informação, v. 9, n. , 2022

O lugar da desinformação na cognição social ou como lidar com propriedades da cognição que abrem espaço para a falseabilidade

Resumo: Segundo o neurocientista Miguel Nicolelis (2020), responsável por exoesqueletos movidos a partir de comandos mentais, os processos de desinformação fazem parte da cognição social. A delegação do processamento de conteúdos mentais a outras cognições ou redes cognitivas consideradas mecanismos confiáveis de produção de crença e a atração da espécie humana por informações simbólicas, que só existem entre cérebros com linguagem, são compulsões intrínsecas ao sistema informacional complexo que nos origina e, por suas teleodinâmicas, sempre oferecem brechas para articulações informacionais incoerentes e até mesmo prejudiciais. Frente a tal constatação, interessa-nos focar na elaboração de narrativas que, por conhecerem a origem cognitiva da desinformação, melhor possam interromper e rearranjar tais processos de falsificação. Há interesse em investir nessa compreensão pois, por sua cientificidade e atualidade, ela pode alavancar esforços no combate à desinformação, dar subsídios para a desarticulação de mecanismos tidos como confiáveis e evidenciar características da cognição enquanto processo social que inclui a divisão de tarefas cognitivas e a corresponsabilidade. É objetivo desta pesquisa analisar as citadas compulsões e embasar intervenções compromissadas com interesse social. A filosofia da informação como nos apresentam Floridi (2011) e Deacon (2012), oferece um panorama teórico afinado aos objetivos visados. Nesse viés, indivíduos são subsistemas especializados na modelagem linguística (racional, semiótica) de conteúdos mentais, originados na percepção e na aprendizagem, a fim de torná-los acessíveis e úteis ao sistema a que pertencemos.
Palavras-chave: Cognição Desinformação Filosofia Linguagem
Abstract: According to neuroscientist Miguel Nicolelis (2020), responsible for exoskeletons powered by mental commands, disinformation processes are part of social cognition. The delegation of mental content processing to other cognitions or cognitive networks considered reliable mechanisms of belief production and the attraction of the human species for symbolic information, which only exist between brains with language, are intrinsic compulsions to the complex informational system that originates us and, because of its teleodynamics, it always offers gaps for incoherent and even harmful informational articulations. Faced with this observation, we are interested in focusing on the elaboration of narratives that, by knowing the cognitive origin of disinformation, can better interrupt and rearrange such processes of falsification. There is interest in investing in this understanding because, due to its scientificity and relevance, it can leverage efforts to combat disinformation, provide subsidies for the disarticulation of mechanisms considered reliable and highlight characteristics of cognition as a social process that includes the division of cognitive tasks and the co-responsibility. The objective of this research is to analyze the aforementioned compulsions and support interventions committed to social interest. The philosophy of information as presented to us by Floridi (2011) and Deacon (2012), offers a theoretical overview attuned to the objectives pursued. In this bias, individuals are subsystems specialized in linguistic (rational, semiotic) modeling of mental contents, originated in perception and learning, in order to make them accessible and useful to the system to which they belong.
Keywords: Cognition Misinformation Philosophy Language Disinformation
Palabras clave: Desinformación
Mots clés:


FIGUEIREDO, S. M. R. O lugar da desinformação na cognição social ou como lidar com propriedades da cognição que abrem espaço para a falseabilidade. Logeion: filosofia da informação, v. 9, n., 2022.
FIGUEIREDO SMRF. O lugar da desinformação na cognição social ou como lidar com propriedades da cognição que abrem espaço para a falseabilidade. Logeion: filosofia da informação. 2022;9().
FIGUEIREDO, S. M. R. (2022). O lugar da desinformação na cognição social ou como lidar com propriedades da cognição que abrem espaço para a falseabilidade. Logeion: filosofia da informação; 9().
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Informações

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References

  • DAMÁSIO, António. Aestranha estranha ordem das coisas coisas. Lisboa: Círculo de Leitores, 2017.  book 
  • DEACON, Terrence. The symbolic species. Theco-evolution of language and the Brain. NY/London: W.W. Norton & Company, 1997.  book 
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  • FLORIDI, Luciano. The ethics of information information. Oxford: Oxford, 2013.  book 
  • NICOLELIS, Miguel. O verdadeiro criador de tudo tudo.. São Paulo: Planeta, 2020.  book 
  • LOGEION: Filosofia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, 2022, Edição Especial, p. 377-394.  journal 
  • LOGEION: Filosofia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, 2022, Edição Especial, p. 377-394.  journal 
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